DILEMA
O secretário estadual de Assistência Social e deputado licenciado, Beto Fantinel, é quase unanimidade no MDB santa-mariense. Consolidou sua liderança a tal ponto que tem maioria acachapante no diretório municipal e só não será candidato a prefeito de Santa Maria se não quiser.
E é exatamente aí que a porca torce o rabo. Aparentemente, há sinais enviados pelo partido, em nível estadual, apostando numa união com o PSDB, bisando a aliança que os une no comando do governo gaúcho. Isso significaria apoiar a candidatura de Rodrigo Decimo (mas apenas se esse virar tucano, e não filiado ao PL, como se anuncia) e oferecer o candidato a vice, que não seria Fantinel. Há quem diga que Marta Zanela, histórica militante do MDB, estaria “fardada” para a missão, se convocada.
O certo é que, e os indícios vão nessa direção, Fantinel adiará ao máximo uma decisão. Inclusive porque ainda não sabe qual seria a melhor, para seu próprio futuro político.
TUCANOS
Enfim, o PSDB santa-mariense fará convenção no próximo sábado, no primeiro ato do tipo depois da pandemia. A chapa para o Diretório é única, mas, pelo menos até o fechamento desta coluna, ainda não se sabe quem será o presidente (Guilherme Cortez é o mais citado), cargo hoje ocupado por João Chaves (foto), o secretário de Desenvolvimento Social.
O objetivo do alto comando é garantir que o partido saia unido deste evento. O que significa, por exemplo, tentar trazer para a sigla o vice Rodrigo Decimo, hoje em vias de assinar sua ficha no PL, facilitando bastante a tomada de decisões para 2024. Eis o grande desafio do tucanato local que, afinal, ao mesmo tempo em que quer reeleger o projeto liderado há quase oito anos por Jorge Pozzobom, pretende encaminhar bem o futuro da sigla – inclusive proporcionando base forte para o futuro do atual prefeito, que concorre a deputado (federal ou estadual) em 2026.
A Reforma e a janela de oportunidade que a base ofereceu ao governo 
